sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL DOS 10.000! FELIZ NATAL!


CHEGAMOS! CHEGAMOS AO FINAL DE 2010, CHEGAMOS AO NATAL, CHEGAMOS A UM NOVO ANO DE CONVIVÊNCIA, CHEGAMOS AO VISITANTE N° 10.000 COM MUITO ORGULHO! SÓ PODEMOS AGRADECER POR TUDO O QUE ACONTECEU EM 2010, AGRADECER ÀS PESSOAS QUE FIZERAM ESTE ANO SER PLENO, SER FELIZ, SER FANTÁSTICO, COMO FOI. AGRADECEMOS A TODOS OS AMIGOS E COLABORADORES QUE REMARAM FIRME PARA QUE NOSSO BLOG FOSSE O QUE SE TORNOU. AGRADECEMOS EM ESPECIAL AOS NOSSOS LEITORES QUE, COM SUAS VISITAS FREQUENTES AO BLOG HIGIENE ATUAL , FIZERAM DELE UM ESTRONDOSO SUCESSO. GRATO AOS AMIGOS QUE CONHEÇO E AOS QUE AINDA NÃO CONHEÇO.
FELIZ NATAL A TODOS, DESEJAMOS UM NOVO ANO DE MUITO SUCESSO PESSOAL E NOS NEGÓCIOS.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

CULTURA INÚTIL: O PAPAI NOEL


Acho até que já comentei sobre isso neste blog... ou teria sido em outro lugar? De qualquer forma, devo reafirmar meu especial interesse pessoal pela chamada “CULTURA INÚTIL”, um conjunto de conhecimentos e fatos que nada acrescentam ao nosso dia a dia, mas não deixam de ser extremamente interessantes. Além de mim, conheço um colecionador de cultura inútil famoso e importante: Max Gehringer, o conhecido estudioso do mundo corporativo, articulista de sucesso de diversas revistas. Para que serve a cultura inútil? Como o próprio nome está dizendo, para nada, exceto ser divertido. O acervo da cultura inútil é literalmente infindável e, como gosto, fico colecionando conhecimentos inúteis sempre que posso, alguns dos quais quero ir compartindo com meus amigos leitores que se interessarem pelo assunto. Vamos ver.
Já que estamos na época apropriada, quero começar desmentindo a crença popular dos adultos e me juntando à crença das crianças: sim, Papai Noel existe! O velhinho simpático, rotundo, de barbas e cabelos brancos, com expressão sempre feliz, foi primeiramente desenhado, tal como o conhecemos hoje, por Haddon Sundblom (1899-1976), um artista norte americano que foi contratado em 1931 pela Coca-Cola Company para dar uma imagem definitiva a Santa Klaus, o Papai Noel deles que, até então, era desenhado em uma variedade de formas e cores, a maioria parecendo gnomos (aqueles duendes que a Xuxa acredita). Aliás, a primeira propaganda da Coca que usou o novo Papai Noel, era o bom velhinho sentado em seu trenó (ainda carregado de presentes), supostamente dando uma pausa e, naturalmente, saboreando uma garrafinha de Coca-Cola. Sundblom começou por definir a cor da roupa do bom velhinho, o vermelho (porque era a cor oficial da Coca-Cola); a partir de 1940 o artista foi tornando o Papai Noel cada vez mais parecido consigo e ele acabou dando à criatura seu próprio rosto. A imagem resultante era tão simpática que foi sendo popularizada e adotada no mundo todo. Grande lição de Marketing, não? Espertamente, a Coca-Cola nunca patenteou essa imagem, pois à companhia interessava que ela fosse divulgada e reproduzida ao máximo, funcionando como “merchandising” para seu produto. Na verdade a lenda do Papai Noel é antiga, aparentemente originando-se na figura de um santo católico que viveu na Turquia, em torno do ano 400 D.C., o São Nicolau que costumava dar presentes às crianças pobres no Natal e era retratado com roupas de inverno da cor branca ou prata. O nome brasileiro de Papai Noel veio diretamente do francês Père Noël (Pai Natal).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UM DIA NA VIDA DE UM CAMUNDONGO (Mus musculus) – Parte II


Estávamos acompanhando a saga de um dia na vida de um camundongo em post anterior. Pois ele acaba de expulsar um rival invasor; cheio de testosterona e adrenalina, é bastante provável que prontamente procure uma de suas esposas para acasalar-se repetidas vezes, caso ela esteja no cio ou próximo a ele.
Dispersão natural:- a família de nosso herói tinha anteriormente seis filhos machos que ao atingir suas respectivas maturidades sexuais, foram, como é usual, banidos pelo pai do território onde nasceram tão logo começaram a se interessar pelas fêmeas da colônia. Essa dispersão natural dos machos para outras áreas adjacentes de moradia e alimentação, combinada com o veloz crescimento populacional, é a razão pela qual os camundongos rapidamente conseguem se espalhar por toda uma área construída, formando novas colônias, assim que consigam atrair a atenção de uma ou mais fêmeas nômades.
DICA PARA O CONTROLE:- quando você encontrar camundongos ou sinais deles em diversos andares de uma edificação, não pense que se trata de uma só colônia com camundongos que gostam de deambular para cima e para baixo em busca de alimentos. Na verdade, você estará diante de uma infestação composta por várias colônias, cada qual em seu delimitado território. Você terá que iscar (ou colocar armadilhas de captura, a seu critério) em cada território individualmente.
Depois de ter reconhecido seu território, se alimentado um pouco, localizado e expulsado um intruso e coberto uma fêmea, nosso solerte herói tem fome novamente. Ele retoma uma série de circuitos buscando alimento que ele sabe onde encontrar, mordiscando aqui e ali pequenas porções durante toda a noite, comendo cerca de 20 vezes ou mais. Em um ponto do território, ele chega ao seu local favorito de alimentação onde para mais tempo que nos demais pontos, sob uma prateleira onde um saco de alpiste anteriormente roído por ele, derrama sempre alguns grãos no chão.
DICA PARA O CONTROLE:- um forte cheiro típico de camundongos (quem conhece, reconhece) e muitas fezes em pontos onde haja alimentação, demonstram os locais preferidos desses pequenos roedores. Tais pontos, certamente, são os melhores para que ali coloquemos nossa isca raticida ou algum artefato de captura. Camundongos são animais muito curiosos (neofilia), enquanto seus primos ratazana e rato preto são muito desconfiados (neofobia). A presença de um artefato de captura recentemente colocado em seu território, certamente vai despertar sua atenção e curiosidade; esse objeto será prontamente investigado e pode capturá-lo. Pela mesma razão, iscas raticidas (de boa qualidade) podem ser ingeridas na mesma noite em que colocadas nos pontos certos de presença e passagem dos camundongos. Mas, lembrando do fato de que eles apenas mordiscam um alimento encontrado e já partem para buscar outra porção de alimento, divida a isca em pequenos monturos afastados por um palmo de distância mais ou menos; dessa forma, ele vai mordiscar em vários montículos da isca e acabará por ingerir a dose que o eliminará.
Mais uma vez voltando ao camundongo de nossa história, finalmente, já na noite avançada, ele está cansado e de barriga cheia. Decide voltar ao ninho para um merecido descanso. Aninha-se, mas não dorme imediatamente. Começa a executar uma minuciosa limpeza de seu pelame através de vigorosas lambidas, retirando todas as sujidades que ficaram aderidas a suas patas, cauda ou pelos. Passa um bom tempo nisso. O sono vence e ele dormita um pouco. Acorda mais tarde, retoma a limpeza do pelame e volta a dormir. Continuará assim pelas próximas 12 horas enquanto o dia lá fora está claro e há muito movimento de pessoas.
E assim, passa-se mais um dia na vida de um bravo camundongo; mais um dos 365 dias que totalizam sua vida inteira...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

UM DIA NA VIDA DE UM CAMUNDONGO (Mus musculus) – Parte I


A luz do dia começa a desaparecer e surgem as primeiras lâmpadas acesas. Com elas também surge um focinho cercado de longos bigodes cheirando nervosamente o ar, saindo cauteloso de um pequeno buraco na junção da parede com o chão. É um camundongo macho adulto, líder de uma família composta de algumas fêmeas e diversos filhotes em diferentes idades, vários ainda não desmamados, que esteve esperando horas por esse momento no vão oco da parede onde mora. Expondo somente a cabeça, ele fica estático por um segundo ou dois, cheirando nervosamente o ar ambiente em busca de odores que podem denunciar a presença de seus atávicos inimigos naturais, o cão e especialmente o gato. Será que existe algum perigo? Como todos os camundongos ele enxerga mal na escuridão, pois não dispõe, como os gatos, de visão noturna; seus olhos negros hipertireoideanos (globosos) vêem pouco, não muito longe na semiescuridão daqueles minutos onde a noite começa. Em compensação, esse formato globoso dos olhos lhe dá a condição de perceber qualquer coisa se movimentando na mais completa escuridão. Por isso, o camundongo tem que confiar mais em seus outros sentidos. Suas narinas trêmulas e seus ouvidos ampliados por orelhas em forma de concha acústica, lhe dizem: “tudo bem!”. E assim, o camundongo começa a percorrer o primeiro de vários circuitos idênticos que fará em seu conhecido território aquela noite. Ele visitará inúmeros pontos daquela área, a qual conhece tão bem, confiando muito mais em sua notável memória quinestésica (uma gravação subconsciente de uma série de movimentos musculares e deslocamentos em diferentes sentidos) do que em seus olhos, ouvidos e focinho. Vira à direita e corre 20 passos, pára e vira à esquerda em diagonal e corre 10 passos, sobe pela lateral cerca de 0,5 metro e chega ao saco de farinha de trigo que ele havia localizado uma semana antes. Come um pouquinho nervosamente e já se movimenta para buscar outra fonte de alimento, mesmo tendo uma saca inteira à sua disposição. Ele sabe que não deve ficar parado por muito tempo, pois é aí que mora o perigo, um gato pode estar esperando por ele exatamente nesse ponto e então... babau, já era um camundongo. Estimulado pelo ato alimentar, seu intestino funciona e ele rapidamente defeca algumas cíbalas. Vira o corpo novamente, anda cerca de 50 cm e encontra outro alimento; mordisca um pouco de aveia caída na prateleira através do orifício que roera na embalagem dias antes. Sai para a direita e anda 12 passos. Um momento! Onde está a caixa de sementes de girassol onde ele complementou sua refeição ontem mesmo? Afinal, ele precisa ingerir cerca de 5 g de alimento por noite.
Mudança de posição:- uma caixa que foi movida de lugar representa um verdadeira crise para o camundongo. Seu universo mudou! A vida ficou mais complicada para ele e nosso herói interrompe sua atividade normal. Na próxima hora ele vai reexplorar seu território, investigando qualquer objeto velho ou novo. Assim ele reestabelece suas rotas e reprograma a memória para seus movimentos musculares, de forma que novamente consiga deslocar-se livremente pela área de seu território, o qual na verdade não é grande: 3 m para cada lado e para o alto.
DICA PARA O CONTROLE:- a mudança de lugar dos objetos na área infestada por camundongos, ajuda a aumentar a eficácia de ratoeiras, armadilhas e das iscas raticidas, pois os camundongos irão investigar as mudanças ocorridas em seu território. Um sistema permanente de mudança ativa dos objetos e estoques pode auxiliar grandemente o combate a camundongos nos depósitos, armazéns e despensas.
Tudo inspecionado e memorizado novamente, nosso camundongo retorna à sua rotina de percurso do território e de alimentação. Mas, agora, ele não está mais sozinho. Na verdade, o camundongo raramente está só, simplesmente porque em matéria de reprodução o camundongo deixa o coelho envergonhado de seu desempenho. Atrás dele, surgem “as esposas”, sim porque ele mantém um harém e um bando de filhotes já desmamados que estão em fase de aprendizado; estão acompanhando suas mães as quais lhes ensinam certos fatos da vida! Os filhotes machos têm curta autorização para ficar nesse território, pois ao primeiro sinal de aproximação de sua maturidade sexual, o macho líder do harém (seu pai, por sinal) os expulsa na base da cacetada. Eles que se mudem para outra freguesia e que vão formar suas próprias famílias. Os filhotes fêmeas têm permissão do pai para seguir morando no mesmo território, onde vão se tornar novas esposas do pai ou podem abandoná-lo se assim o quiserem. Muito liberal esse sistema! O camundongo fêmea atinge sua maturidade sexual em torno de 30 ou 40 dias depois que nasceu, tem de 6 a 8 cios por ano e produz de 6 a 7 filhotes por ninhada, cerca de 19 dias depois de ter sido coberta pelo macho. Dois dias depois do parto ela já está entrando no cio novamente e poderá ficar prenhe mais uma vez. Pense só nisso: todos os seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos podem ter filhos no mesmo ano! Se todos esses descendentes vivessem, o que não ocorre, pois a taxa de mortalidade pode ser alta na comunidade por diferentes fatores, um único casal de camundongos poderia, teoricamente, gerar até 5.000 descendentes em um só ano.
Um defensor agressivo:- vamos voltar ao nosso valente personagem. Enquanto percorria seu território, suas narinas detectam o odor de outro camundongo macho adulto. Ele o procura, já cheio de testosterona, e o localiza a meio metro de distância, percebendo de imediato que se trata de um forasteiro invasor. Usando todo o peso de seus 20 g, nosso valente camundongo atira-se fortemente contra o invasor e trava com ele uma violenta luta de agarrões, dentadas, recuos e investidas de ambas as partes. Os camundongos da vida real nada têm a ver com os tímidos e carinhosos camundongos dos desenhos animados que estamos acostumados a ver na TV. Na vida real eles são agressivos protetores de seu território e do seu status social na colônia. A família de um camundongo é constituída de um macho dominante, duas ou três fêmeas reprodutoras e um bando de filhos. Em caso de invasão do território da colônia, não raro as fêmeas também se envolvem diretamente na pancadaria e juntos, os adultos, botam o invasor para correr, ou morrer. Na verdade, o território de uma colônia de camundongos é surpreendentemente pequeno. Vai de seu ninho localizado no vão da parede, do qual sai por um discreto orifício que eles roeram, continua por não mais de 3 ou 4 metros de piso livre, sobe pelas prateleiras e passa por uma série de caixas e caixotes, algumas ripas e caibros até chegar de volta ao ninho. Como a maioria dos camundongos, nosso herói viaja no máximo 4 ou 5 metros de seu ninho; raramente encontramos um território de camundongos maior que 8 metros de diâmetro.
DICA PARA O CONTROLE:- No ponto em que você avistar um camundongo (ou lhe informarem onde foi observado) ou você observar evidências de sua presença (fezes, roeduras, etc), imagine uma meia esfera tridimensional de 3 metros de raio em todas as direções. Esse será o provável território da colônia infestante, área dentro da qual você deverá executar o combate. Portanto inspecione cuidadosamente essa área para saber onde colocar seus raticidas (ou artefatos de captura).
E o que mais sobre o dia de nosso herói camundongo? Bem... aguardem um próximo post de continuação dessa saga, OK?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CUPIM SUBTERRÂNEO FOI RENOMEADO


O conhecido Coptotermes havilandi (Wasman, 1896), família Rhinotermitidae, subfamília Coptotermitinae, uma das espécies de cupins subterrâneos, recebeu um novo nome científico e passou a se chamar Coptotermes gestroi desde 2003. Coisa de estudiosos da Sistemática que devem ter encontrado razões científicas para a mudança da nomenclatura desse cupim. Mas os dois nomes são aceitos como sinônimos. O que se supõe é que esse inseto social proveniente do sudeste asiático chegou ao Brasil por meio de navios, em madeiras contaminadas. Atualmente se destaca como uma praga urbana por consumir madeira nas edificações e tornou-se essencialmente urbano.
Portanto, os leitores que ainda não sabiam, anotem aí o novo nome do cupim subterrâneo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ ARMAZENANDO DE FORMA CORRETA SEUS BIOCIDAS?


Há algum tempo atrás, um colega nosso descreveu-nos o incêndio que ocorreu em sua empresa controladora de pragas e que atingiu o depósito de inseticidas e raticidas. Contou ele, primeiro que a empresa tinha seguro que cobriu os prejuízos e, segundo, que sob a ação do fogo alguns dos produtos ali estocados passaram a liberar vapores tóxicos causando sérios riscos para os bombeiros que tentavam apagar o incêndio, além de que alguns vizinhos e curiosos tiveram que receber atenção médica por terem respirado fumarolas tóxicas. Contou ainda que a água despejada pelos bombeiros tornara-se leitosa de tanto inseticida que levava junto escorrendo livremente pelo chão e ao longo do meio fio, sendo dragada pelo sistema de coleta de águas pluviais, provavelmente indo poluir severamente algum curso de água mais adiante. Observem quantos eventos se desencadearam por um acidente imprevisível. Imprevisível? Nem tanto! Até poderia não ser previsto, mas certamente poderia ter sido minimizado se o depósito tivesse seguido as boas práticas operacionais para esse caso. O incidente, por si só, demonstra que a armazenagem incorreta dos inseticidas e raticidas pode causar. incêndios e outras fatalidades que não avisam antes de acontecer. Infelizmente são poucos os profissionais que estão atentos às disposições adequadas recomendadas na armazenagem dos biocidas que utiliza.
Considerando que a armazenagem incorreta ou inadequada dos biocidas nas empresas controladoras de pragas (e mesmo nos órgãos públicos que trabalham com inseticidas e raticidas) pode causar uma série de problemas e riscos desnecessários, achei que seria interessante fazermos uma revisão desse assunto, lembrando alguns pontos importantes:
• A RDC 52, que está em vigência e que vale como lei para todo o território nacional regulamentando a prática das empresas controladoras de pragas, estatui que o depósito de biocidas deva ser separado dos demais recintos da empresa e deve destinar-se exclusivamente ao depósito de biocidas. Eu complemento: e deveria ter um sistema de aeração (troca do ar ambiente) que minimizasse o risco de inalação de vapores que inseticidas mal tampados possam estar emitindo. Isso é particularmente verdade se a empresa emprega fosfina ou brometo de metila, gases tóxicos muito utilizados em tratamento por expurgo. Como dizia minha finada avó: “Não pegue, menino! Isso faz xixi na mão de criança”. Sábia avó.
• Planeje bem seu depósito dotando-o de paredes e teto resistentes ao fogo. Qualquer arquiteto poderá lhe informar sobre quais materiais devem ser utilizados em depósitos de produtos inflamáveis. Não é nenhum bicho de sete cabeças.
• Todos os produtos inflamáveis ou explosivos que possam estar estocados em seu depósito (atenção para aerosóis) devem ser guardados no interior de armários metálicos à prova de fogo, os quais podem ser encontrados facilmente no comércio especializado. Não falo de prateleiras, falo de armários com porta.
• É indispensável a colocação de extintores de incêndio de capacidade razoável junto à porta do depósito, um de pó seco e outro de água pressurizada. Devem estar colocados do lado de fora do depósito para que estejam disponíveis em caso de necessidade, nunca do lado de dentro. E vê se os mantém dentro da validade, não é? Se for possível, instale na empresa uma caixa d’água elevada de capacidade tal que permita o combate a um incêndio de pequenas proporções.
• Dentro do depósito de biocidas não deve existir nenhum ralo. Se tiver, qualquer quantidade de inseticida líquido que cair ao chão poderá escoar ralo abaixo e ser despejado no esgoto; vai acabar aumentando a poluição de algum curso de água. Se já houver ralos presentes, tampe-os. O que fazer então quando um inseticida cair ao chão? Simples: basta jogar um pouco de serragem seca que absorve muito bem substâncias líquidas; depois, é só varrer e recolher o inseticida derramado, agora na forma sólida. Portanto, moçada, caixa com serragem e cavacos de madeira no depósito de inseticidas, certo? Conheço uma empresa que utiliza para esse fim aquelas areias destinadas a absorver urina de gato, encontradas em Pet Shops.
• Compre e armazene inseticidas em quantidades não excessivas. Mesmo que você queira comprar em quantidades maiores, para aproveitar alguma promoção, por exemplo, negocie com seu fornecedor a entrega parcelada dos produtos, digamos uma vez cada duas semanas ou outra frequência que lhe atenda.
• Evite armazenar inseticidas em grandes embalagens. Armazenando em embalagens pequenas, caso alguma se danifique, a perda (e a contaminação do ambiente) não será grande, sendo mais fácil remover o produto derramado.
• Guarde sempre as máscaras nasais e as roupas de proteção fora do depósito de biocidas. Dessa forma, caso ocorra algum vazamento perigoso, esses equipamentos de proteção estarão onde podem ser alcançados com facilidade.
• O depósito de biocidas deve se situar em área segura e protegida. A chave deve ficar na posse de funcionários responsáveis. Já ouvi relatos vários de acidentes provocados por biocidas roubados dos depósitos de empresas controladoras ou de serviços públicos.
• Providencie para que seu depósito seja um local bem arejado e com temperatura ambiente nunca alta demais. Alguns inseticidas podem sofrer degradação sob altas temperaturas.
• Produtos que podem contaminar outros através de seu cheiro ou vapores, devem ser armazenados em separado. Os raticidas, por exemplo, devem ser estocados longe dos inseticidas para não absorverem o cheiro destes e assim serem evitados pelos roedores. Herbicidas podem contaminar inseticidas se guardados lado a lado.
• Assim que você tiver seguido todas essas recomendações, procure o Corpo de Bombeiros mais próximo e tenha uma boa conversa. Tenho a certeza de que eles terão ainda excelentes sugestões a lhe fazer e que poderão ser muito úteis para evitar acidentes desagradáveis posteriores.
• Caso você se interesse por esse tema e outros ligados às boas práticas no ramo do controle de pragas, permita-me sugerir o livro “Boas Práticas Operacionais no Controle de Pragas”, de nossa autoria, que pode ser adquirido na forma de um E-book (livro virtual) pelo site www.pragas.com.br (clique sobre esse endereço para fazer link direto com o site).

CONSULTA PÚBLICA SOBRE ROTULAGEM DE PRODUTOS SANEANTES


O maior interesse sobre esse assunto é, sem dúvida, dos fabricantes de produtos saneantes, mas não custa estarmos informados, certo? Encontra-se em consulta pública proposta de RESOLUÇÃO que dispõe sobre Regulamento Técnico para Rotulagem de Produtos Saneantes. Padronizar os rótulos de saneantes vendidos no país e aprimorar as informações que chegam ao consumidor é o que pretende a proposta de resolução que a ANVISA submeteu à Consulta Pública (CP) desde quinta-feira (4/11). A população terá 60 dias para enviar sugestões e críticas ao texto. Este regulamento possui o objetivo de elaborar, revisar, alterar, consolidar, padronizar, os procedimentos e requisitos técnicos para rotulagem de produtos saneantes, de forma a gerenciar o risco à saúde e implementar a adequação com o Sistema Globalmente Harmonizado (Global Harmonized System – GHS) para a Rotulagem e Classificação de Produtos Químicos.
Essa consulta pública leva o n° 102 (de 03/11/2010) e foi publicada no DOU de 04/11/2010. A consulta pública ficará aberta até 03/01/2011.
(Agradecimentos a Lucy Figueiredo pela colaboração)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CONTROLANDO INSETOS EM CONDOMÍNIOS: BOM NEGÓCIO OU UMA GRANDE DOR DE CABEÇA? – PARTE III


A gente estava falando dos problemas e soluções para executar um controle de primeira em condomínios e havia começado a comentar os passos para que a empresa controladora de pragas contratada estabeleça um Manejo Integrado, o qual será capaz de produzir os resultados desejados por seu contratante e garantir a fidelidade desse cliente. Vimos a informação ao síndico, a inspeção, o fichário, as pragas e a manutenção do prédio. Em frente:
Determinação dos focos:- analise suas fichas para determinar quais áreas do prédio estão com maiores problemas. Esses serão, provavelmente, os focos dos quais as pragas observadas estão partindo, se disseminando pelo prédio e invadindo novas áreas. Em prédios muito infestados, é comum localizarmos um ou dois focos por andar. Sem uma completa limpeza desses focos, as chances de sucesso são praticamente nulas. A administração precisa entender esse ponto e providenciar, de alguma forma, que essa limpeza seja efetuada.
Informação aos moradores:- o ideal seria que cada condômino estivesse informado sobre as pragas encontradas no prédio e como proceder para evitá-las. Na prática, no entanto, isso é um tanto difícil, embora se possa chegar bem próximo através de reuniões gerais dos moradores onde o tema seria abordado pela empresa contratada. Na verdade, essas reuniões de condomínio não são muito frequentadas e você pode perceber que exatamente os moradores que mais estão contribuindo para as infestações do prédio, são os que não estarão presentes e depois, ainda vão reclamar das despesas que a desinfestação acarretará. Mas, nessa reunião, você poderá ouvir as informações de condôminos que muito lhe ajudarão a melhor conduzir o programa; você deve aproveitar para ouvir sugestões (nem sempre exeqüíveis) e esclarecer dúvidas. Simule estar acatando algumas dessas sugestões (aquelas que são pertinentes) e elogie as opiniões adequadas. Quando as sugestões partem dos moradores, é uma certeza de que eles participarão voluntariamente do programa e até pressionarão outros a fazê-lo.
Tratamento:- o dia, ou dias, do tratamento deve ser de amplo conhecimento geral da comunidade. A fixação de avisos em diversos locais estratégicos de fácil visualização é recomendável. É bastante importante que pessoas e animais não estejam nos recintos durante o tratamento e por algumas horas após, tempo esse que dependerá dos biocidas empregados pela empresa e as condições de arejamento dos ambientes. Regra geral: deixar portas e janelas abertas para facilitar a circulação plena do ar, até que a calda seque. Se o tratamento for exclusivamente feito com gel, esse período de interdição é desnecessário. A opção de empregar inseticidas gel ou por pulverização de calda, é da empresa contratada e a decisão de usar este ou aquele método (ou até ambos) vai depender sempre de diversos fatores ambientais e relacionados à própria praga a ser combatida. Mas, isso é uma outra história que fica para outra vez. Só quero comentar (mais uma vez e sempre) que pense muito antes de adquirir biocidas de baixa qualidade ou de origem duvidosa; o resultado final pode ser totalmente comprometido por uma escolha errônea.
• Reforço automático:- duas ou três semanas depois, você deve proceder a um breve reforço do tratamento nos pontos de focos mais importantes. Esses focos precisam ser controlados de qualquer maneira, sob risco de comprometer o todo. Esse reforço será também uma excelente oportunidade para verificar se as medidas corretivas foram aplicadas nesses focos; se não foram, reitere junto ao síndico a importância dessas ações. Por outro lado, esse reforço automático vai reforçar sua imagem de empresa séria e comprometida com os resultados, ajudando a fidelizar seu cliente.
Situação de controle:- já naquele repasse automático você poderá avaliar se a situação das infestações melhorou. Se não, é preciso apontar à administração do prédio o que deve ser ainda feito ou posto em prática. Caso as infestações do condomínio tenham sido drasticamente reduzidas, o que certamente ocorrerá se o trabalho tiver sido bem feito, e estejam em níveis tais que não causem maiores problemas aos moradores, estes devem ser informados do sucesso do programa através de uma circular, a qual deve reiterar as medidas necessárias para que as infestações não voltem a crescer. Informe que sua empresa iniciará a fase de monitoramente e que tratamentos individuais das unidades poderão ser requeridos sempre que necessário.
Monitoramento:- Esquematize um programa de monitoramento posterior, ou seja, um esquema de visitas periódicas ao condomínio (pelo menos duas vezes ao ano) onde você poderá verificar, através dessas inspeções de alguns pontos focais, como estão indo as coisas. Não deixe seu cliente desatendido, destaque-se da concorrência. Nas visitas de monitoramento aponte medidas corretivas ainda não adotadas, verifique se não há deterioração de certas áreas, aponte (sempre por relatório escrito, velhos e novos problemas que possam estar contribuindo para a instalação de pragas. Servirão também para você determinar se já está na hora de nova intervenção.
A essa altura você deve estar imaginando que essa abordagem deve ter um custo alto e que assim seu preço final será mais alto do que os preços praticados pela concorr6encia e que, dessa forma, nenhum condomínio vai lhe contratar. Você está certo... e errado! De fato, serviços diferenciados provavelmente custam mais caro, mas, preço não deve ser encarado como fator impeditivo. Caro ou barato são fatores totalmente subjetivos e cai na esfera discricionária de cada individuo que o julga. O que é preciso, nos dias de hoje, é agregar valor à sua mercadoria ou serviço. O Manejo Integrado pode ser o diferencial que poderá alavancar seus negócios. Não tenha medo se sua proposta for a mais alta dentre as cotações levantadas. Você só precisa apresentar uma proposta tecnicamente consistente, a preço justo e justificável. Não foi cobrando preços baratinhos que grandes empresas em todo o mundo venceram em um mercado selvagem; empresas tais como a Xerox, a IBM, a Brastemp, a Mercedes Benz, a Coca-Cola, a Petrobras e outras tantas. Sabe o que há de comum entre elas? TODAS COBRAM OS PREÇOS MAIS ALTOS DE SEUS MERCADOS! Apenas souberam vender, valorizar e agregar valor em seus produtos, que, por sinal, são de ótima qualidade. E não é isso que você quer? Pense bem.