sexta-feira, 25 de julho de 2014

UM REPELENTE A MOSQUITOS DA DENGUE E OUTROS, EM JORNAL COMUM DE SRI LANKA

O principal objetivo de um jornal impresso é disseminar informações em benefício da sociedade a baixo custo, razão pela qual é um veículo de mídia muito procurado, principalmente em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento. Não que não seja lido em países chamados do primeiro mundo; por exemplo: todo executivo que se preze em Nova Iorque leva sob o braço, um exemplar diário do Finantial Times, um jornal que traz as últimas do mundo financeiro. O poder da mídia impressa é incalculável, não importa onde seja. Ainda assim, o velho jornalzinho nosso de cada dia atrai a atenção de todas as classes sociais em todo o mundo. Feito para veicular e divulgar notícias recentes, parece que há uma novidade vinda do longínquo Sri Lanka, segundo nos conta o jornalista Vignesh Raamanda, onde as estatísticas da Organização Mundial da Saúde demonstram uma preocupante e crescente incidência da Dengue. No começo deste ano, uma forte agência de propaganda local, a Leo Burnett, começou uma parceria com o jornal Mawbima, editado no dialeto Sinhala, o mais falado do país, para participar da campanha de combate à Dengue: juntos, eles criaram o que pode ser o primeiro jornal repelente a mosquitos do mundo. O vírus da Dengue, como sabemos, é transmitido por picadas de certas espécies de mosquitos como o Aedes aegypti, que causa uma virose semelhante a um resfriado comum em humanos, mas que dependendo de certas circunstâncias, pode levar o indivíduo à morte. A Dengue ainda não tem vacina preventiva. A OMS estima que exista de 50 a 100 milhões de casos de Dengue a cada ano em todo o globo, com predominância nos países tropicais ou semi tropicais. Então, em Sri Lanka, a citada agência de propaganda e o jornal Mawbima descobriram as horas principais do dia onde os mosquitos atacavam mais (cedo pela manhã e mais no fim da tarde) e que nessas horas as pessoas liam mais os jornais. Em Sri Lanka as pessoas compram seus jornais e os leem enquanto aguardam a condução nas filas e pontos dos ônibus. Nesse período de permanência são frequentemente picadas por mosquitos. Juntando essas informações, tiveram uma ideia extremamente criativa: infundir a tinta de impressão do jornal em essência de citronela que, como sabemos, é um ótimo repelente a mosquitos e outros insetos. Dessa forma, enquanto as pessoas vão se inteirando das notícias, o odor da citronela exalado pelo jornal mantém os mosquitos afastados. O sucesso comercial da ideia foi imediato. A “novidade” foi lançada no Dia Mundial da Saúde – 7 de abril - alavancou as vendas do jornal em 30% e o número de leitores subiu em mais de 300.000. Isso significou que mais pessoas estavam sendo informadas enquanto eram protegidas da Dengue. O jornal Mawbima passou a divulgar artigos e textos sobre a Dengue. Outra ideia igualmente foi gerada através do sucesso dessa campanha: afixar posters de propaganda nos pontos de ônibus, impressos no mesmo tipo repelente de papel. Claro que, como todas as ideias novas, é preciso testá-las na prática e há ainda que estudar bem a questão do custo/benefício. Nessa ideia do jornal repelente a mosquitos, o papel utilizado teria que ser reembebido na citronela com certa frequência, pois a citronela deixa de exalar odor em poucos dias. Contudo, são problemas aparentemente que podem ser resolvidos com algum estudo técnico. E viva a criatividade!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

140.000 VISITANTES NO BLOG HIGIENE ATUAL

Vou repetir, porque nem eu estava acreditando: 140.000 pessoas visitaram nosso blog desde seu surgimento. É ou não é uma marca respeitável para um blog técnico? Tentando encontrar algumas explicações do porquê de tanto sucesso, chegamos a algumas hipóteses: talvez a necessidade de informação técnica seja muito grande sobre pragas e seus controles, bem maior do que imaginávamos. Talvez porque a facilidade de acessar aos temas seja atraente. Talvez a escolha dos temas postados satisfaça o leitor do blog. Talvez a forma e o conteúdo do blog é que seja o principal motivo para atrair essa verdadeira multidão de leitores. Talvez porque não seja um blog pretencioso ou arrogante, ou metido à cientista. Talvez porque a linguagem do blog seja simples, direta e sem muita firula. Ou, talvez, porque o blog é bom mesmo e a gente fica procurando chifre na cabeça de cavalo tentando explicar! Seja pelo que for, só podemos agradecer e muito a nossos leitores que fizeram deste blog seu principal porto de parada quando navegam pela Internet em busca de informação, o que posicionou nosso blog em absoluto primeiro lugar na lista do Google.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

MOSCAS EM BARES, RESTAURANTES, LANCHONETES E ASSEMELHADOS

Agora é inverno e não faz tanto frio assim, exceto no Sul como sempre. No resto do país, ao que tudo indica, teremos um “invernozinho meia boca”, se tanto. Mesmo assim, as moscas, se já não estão presentes, preparam um exército de moscas novas para reinvadir suas áreas alvos principais nos centros urbanos: restaurantes, refeitórios, bares, padarias, lanchonetes, quiosques de alimentação, cafeterias, docerias e assemelhados, para não falarmos de indústrias alimentícias, depósitos de alimentos, supermercados, caminhões de transporte, feiras livres, aterros sanitários e lixões a céu aberto. Territórios a serem invadidos não faltam, especialmente considerando aqueles onde as condições higiênicas são precárias, na maioria das vezes por inépcia ou incompetência de seus gestores ou ocupantes/usuários. Então, as moscas e muitos outros insetos urbanos, apenas sentam e aguardam. Mal entra a primavera e lá estarão elas zumbindo e voando por toda parte em uma brusca frenética por alimento e gerando milhões e milhões de novas moscas, incomodando muito as pessoas e espalhando bactérias diretamente nos alimentos, até mesmo quando já estão em nossos pratos. Como pode proceder uma empresa ou profissional controlador de pragas ao ser chamado para resolver um problema de infestação de moscas em um bar, uma confeitaria ou outro tipo similar de estabelecimento alimentício? Antes de tudo, vamos racionalizar o problema lembrando que as formas jovens das moscas domésticas (ovo, larvas e pupa) são encontradas em locais muito específicos onde haja um substrato orgânico semipastoso; ali, os ovos liberam a primeira larva que, se alimentando do próprio substrato, transforma-se na segunda larva e esta, crescendo de tamanho, transforma-se na larva III, para só então formar um casulo, onde a mosca pré adulta vai ser preparada. Essa fase de pupa é que se afasta da parte semipastosa do criadouro e vai liberar uma nova mosca adulta completamente formada, pronta para voar. No auge do verão, isso tudo acontece em até sete dias ou talvez um pouco mais. Nos centros urbanos, há milhares de pontos onde o acúmulo de detritos e dejetos orgânicos podem se tornar criadouros de moscas domésticas. Dessa forma, mesmo que um estabelecimento alimentício não propicie as condições para ter um criadouro de moscas em seu perímetro, poderá ser infestado por moscas originadas em criadouros das redondezas, o que dá no mesmo: clientes reclamando cheios de razão, denúncias aos serviços sanitários, perda de clientela, prejuízos. Em necessidade, finalmente o gestor daquele estabelecimento resolve chamar uma empresa controladora de pragas. Uma empresa bem estruturada é capaz de perceber que ótima oportunidade está se apresentando para engrossar seu portfolio de clientes; hoje é mosca, quem sabe amanhã podem ser baratas ou ratos. Então, uma empresa é chamada e comparece para efetuar o diagnóstico, montar uma proposta orçamentária e executar o serviço. A primeira coisa a fazer é determinar se existe dentro do perímetro do estabelecimento algum ponto onde as moscas infestantes possam estar se criando. Em caso afirmativo, esses criadouros devem ser sumariamente eliminados e condições mais higiênicas devem ser tecnicamente discutidas com o contratante. Todavia, na maioria das vezes, não há criadouros dentro do perímetro do cliente; as moscas infestantes quase sempre estão adentrando à área, vindas de algum criadouro em um raio de 500m do local. O controlador deve então buscar e certificar-se da existência ou não de pontos internos do estabelecimento onde moscas poderiam estar sendo originadas. O controlador deve procurar por pontos úmidos com substrato orgânico: sob as pias especialmente com vazamentos, nos pisos abaixo de geladeiras o de outros equipamentos produtores de frio (onde a água de condensação pode empoçar), junto às bombas de refrigerar e servir chopps e outros pontos semelhantes. Em cada ponto assim encontrado, o controlador deve examinar o substrato em busca de larvas e pupas de moscas. Em caso positivo, esses pequenos criadouros devem ser eliminados e os problemas geradores dos focos, corrigidos. A aplicação de inseticidas de largo efeito ajudará a evitar a formação de novo foco naquele ponto. Mas, na verdade, a encrenca está na presença em maior ou menor grau de moscas adultas (aladas) e foi por isso que o contratante chamou a empresa controladora. O fogo deve ser dirigido contra as moscas adultas para que os resultados sejam visíveis e perceptíveis ao cliente. Só que isso é outra história e vai ficar para outra vez. Prometo voltar a discutir esse assunto. Não esmoreça!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

RATOS MORDEM O BRAÇO DE CADÁVER EM HOSPITAL PÚBLICO NORTEAMERICANO

É quase inacreditável, mas é verdade. O sistema público de hospitais nos Estados Unidos da América do Norte também não é nenhuma perfeição, assim como o nosso onde os pacientes ainda vivos padecem nos corredores lotados por falta de recursos humanos e materiais. Lá é comum um manejo inadequado dos mortos nos necrotérios. Pelo menos é o que nos conta a notícia vinda de Chennai. Houve um clamor geral na comunidade quando parentes de um homem morto denunciaram que ratos haviam mordido o cadáver no necrotério do hospital. Yusuf H, 42 anos, um residente em Pulianthope, em uma noite de quarta feira, durante um acesso de raiva, quebrou um espelho com um soco, ferindo gravemente sua mão direita. Yusuf foi imediatamente levado ao hospital geral (público) da cidade. Contudo, o paciente ainda extremamente nervoso, recusou o atendimento médico de emergência e morreu em duas horas devido à hemorragia excessiva. Um boletim de ocorrência policial foi aberto e os médicos informaram à família que o corpo somente poderia ser liberado após a necrópsia que seria realizada no dia seguinte. Na tarde desse dia, Jaffer, cunhado de Yusuf, ao retirar o corpo, observou no braço esquerdo do cadáver uma clara marca que parecia ter sido provocada pela mordedura de rato. Na Administração do hospital, Jaffer foi informado que as instalações do hospital estavam infestadas por roedores. Um funcionário do setor sanitário do hospital admitiu que os ratos infestantes representavam uma ameaça e que havia recebido 10 armadilhas colantes, as quais foram distribuídas em cada setor que acusara a presença de roedores. Informou ainda, justificando o bom resultado obtido (na opinião dele), que, todos os dias, cada armadilha capturava de dois a três ratos em média. Outros funcionários disseram que restos de alimentos deixados por toda a parte por usuários e visitantes era a principal razão do problema com os ratos. A proximidade de uma estação férrea também contribuía para aumentar o problema, pois os ratos invadiam as áreas do hospital usando o sistema de drenagem e de esgotos. Resumo dessa ópera bufa: lá, como cá, cada qual com seus problemas!