domingo, 15 de maio de 2016

EM TEMPOS DE CRISE

Nosso país está atravessando a pior crise econômica e social desde a proclamação da República. São incontáveis indústrias de todos os portes que fecham suas portas inflingindo milhares e milhares de cidadãos à condição de desempregados que ficam sem ter como alimentar suas famílias; fala-se em vinte milhões de cidadãos que perderam seus empregos. São outros milhares de pequenas empresas baixando suas portas. São indicadores econômicos que despencam ou que sobem, conforme a leitura. Essa enorme crise afeta todos os setores produtivos do país, incluindo, e por que não, o ramo dos prestadores de serviços, dentre os quais, as empresas controladoras de pragas. Com a forte diminuição da procura desses serviços técnicos especializados, muitas empresas desse ramo ou já desistiram, já mudaram de ramo ou, no mínimo tiveram que repensar em planos de recuperação ainda que dentro de um mercado podre. O que fazer? Muitos empresários enxugam seus quadros (essa sempre é a primeira opção). Esses apostam no negativismo e acham que não haverá recuperação do mercado tão cedo. Outros empresários, no entanto, apostam que serão capazes de vencer os tempos difíceis; apostam que o mercado vai reaquecer a médio e longo prazo. Estes são os empresários progressistas, capazes de operar verdadeiros milagres em seus negócios. Em nosso ramo, os negativistas começam por dispensar parte de seus funcionários (administrativos e, aí está um grande erro, os operacionais), esquecendo que com isso vai comprometer toda a estrutura da empresa que, convenhamos, deu uma trabalheira para treinar. O resultado é um só: direto e reto para o abismo. A segunda opção do empresário negativista é cortar custos supérfluos (e nisso ele está certo) e tentar diminuir os custos dos insumos (equipamentos e produtos). Exatamente aí reside o grande erro! As prateleiras dos distribuidores estão repletas de diferentes marcas de biocidas e seus respectivos princípios ativos. Felizmente chegamos a um ponto de nossos serviços onde oferta e variedade já não representa mais um problema. Os preços aparentes cobrados ao empresário controlador de pragas, às vezes chega a ser exorbitante e disso se aproveitam pequenos fabricantes que produzem produtos aparentemente “genéricos”. Seja como for e felizmente, já há produtos de segunda linha, mas de qualidade a preços razoáveis. Mas, não tentem substituir bons produtos (ainda que com preços aparentemente mais caros) por produtos de má qualidade, só porque eles são mais baratos; esse erro pode sair muito caro para a empresa que não só terá que executar repasses, como perderá inevitavelmente a clientela. Corte no pessoal e corte nos insumos só vai levar a empresa prestadora de serviços, a um buraco negro. O que fazer então? Mudança de atitude! Começando por uma (ou mais quando necessário) visita técnica comercial bem feita. Se o cliente (que ainda não é) chamou a empresa é porque ele necessita dos serviços. Como, quando e onde ele será atendido, é um assunto que deve acaba surgindo necessariamente durante a entrevista inicial. Essa visita define tudo e por isso é tão importante. É a chance que a empresa tem de expor seus conhecimentos, descobrir e definir exatamente o que quer o cliente e, principalmente, negociar o valor dos serviços. Aliás, esse ponto torna-se secundário se os serviços forem bem expostos. Muito bem, a empresa conquistou o futuro cliente. E daí? Supondo que os serviços deram os resultados esperados, vem outra parte muito importante: o pós serviço. Quer dizer, esse cliente tem que receber toda a atenção da empresa através de visitas frequentes onde os resultados obtidos serão rediscutidos e oferecidos serviços suplementares. Poderíamos ficar horas discutindo só esses dois pontos: atenção ao chamado e pós visitas frequentes. Isso pode gerar fidelidade e novos clientes. É só tentar!