quinta-feira, 10 de março de 2016

E A MALÁRIA? NINGUÉM SE LEMBRA MAIS?

Zika, dengue, febre do Nilo, chikungúnia, dengue... e tome doença transmitida por mosquitos. Algumas delas em condições já epidêmicas em nosso país. Ninguém (exceto os especialistas de institutos de pesquisa ou de área afetadas intensamente) se lembra da tristemente célebre, que pode se reurbanizar a qualquer momento, malária. Causada por um protozoário parasita microscópico (no Brasil, principalmente pelo Plasmodium falciparum) e transmitida pelo mosquito Anopheles (diferentes espécies), estima-se que seja responsável pela morte de 1,2 milhões de pessoas ainda hoje. O parasita penetra na próxima vítima pela picada de um mosquito anofelino já parasitado e no sangue da vítima destrói as hemácias (células vermelhas) que se não for prontamente tratado, leva o paciente à morte. Em Roma, sob o império de Appius Claudius (325 AC), a malária provocou uma enorme mortalidade entre os escravos e demais obreiros que construíam a Via Appia em terrenos pantanosos; percebendo que ali estava o grande criadouro dos anofelinos, os romanos drenaram o terreno pantanoso. Vários imperadores subsequentes continuaram esse trabalho de drenagem porque se acreditava que ali o ar era insalubre e mesmo envenenado. O nome malária significa “mau ar”. O advento do DDT e seu uso contra mosquitos (principalmente na fase alada), surgiu como um alento nessa luta homem x mosquito. Associado a algumas medidas corretiva do meio ambiente, os resultados foram bons e a malária foi contida em seu avanço. Vez ou outra, aqui ou ali, ela ressurge com força e cobra sua taxa em mortalidade humana. Os cientistas, contudo, pensam que a mosquito anofelino trazem dentro de si, a chave para seu próprio controle e talvez até a erradicação. Boas novas! Pesquisadores do Colégio Imperial de Londres têm tentado uma nova técnica de injetar mosquitos com um gen que faz com que 95% de suas proles sejam constituídas somente de machos. Uma vez que somente as fêmeas picam os humanos, essa nova técnica pode suprimir ou eliminar a malária. A técnica funciona pela supressão do cromossoma X paterno evitando seja transmitido à próxima geração dos mosquitos. Ao contrário de técnicas anteriores, essa nova técnica é hereditária (passando de geração a geração). Os pesquisadores estão muito otimistas, embora cautelosos com os resultados a campo. Há países, principalmente do terceiro mundo (áreas tropicais e subtropicais), onde cerca de 40% da população teve ou tem malária; crianças de pouca idade e mulheres grávidas são particularmente suscetíveis à malária. Nas áreas endêmicas e epidêmicas os melhores métodos de combate a essa doença são o uso de inseticidas e redes anti mosquitos nas camas. Tomara que dê certo!

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