sábado, 13 de julho de 2013

SOBRE OS PIOLHOS DE POMBOS

Uma das leitoras deste blog nos indaga sobre um problema que tem em sua casa: piolhos de pombos. Achei que seria interessante abordar esse assunto. Os piolhos são insetos; basta contar o número de pares de patas e veremos que são três. Existem duas Ordens de piolhos: os Anoplura que só são ectoparasitas (parasitas externos ao corpo do hospedeiro) dos mamíferos, incluindo o homem, e as Mallophaga que vivem em aves e certos mamíferos (exceto o homem). Sobre esta última é que vamos abordar nesta oportunidade e por quê? Porque, sob certas condições, as malófagas podem se tornar uma praga no interior de residências ou escritórios e vão requerer a atenção de empresas especializadas em controle de pragas para resolver a situação. As malófagas, também são conhecidas como piolhos mastigadores de pelos e penas, são insetos pequenos, com 1 a 11 mm, não têm asas e têm corpo achatado piloso com aparelho bucal mastigador bem forte. O nome da Ordem vem do grego mallos (pelos) e phagos (comedor), devido aos hábitos alimentares das ninfas e adultos (cerca de 3.000 espécies no mundo). O corpo é oval ou alongado com mandíbulas dotadas de grandes dentes; as antenas são curtas (expostas e, às vezes, ocultas) e os olhos são muito reduzidos. Pernas curtas e robustas (as anteriores são mais curtas que as outras). Desenvolvem-se por metamorfose incompleta (ovo – ninfa – adulto) e os ovos são deixados sobre o corpo do hospedeiro, colados aos pelos ou penas. Dos ovos nascem as ninfas que já têm um aspecto semelhante aos adultos (4 a 7 dias na fase de ovo, 15 a 20 na fase de ninfa e, depois, torna-se adulto (após duas trocas de casca – ecdises). Como regra, desde que nascem permanecem num só hospedeiro; no entanto, quando dois animais ficam em contato entre si, podem passar de um para o outro. Alimentam-se de pelos (espécies pilívoras) e de escamas da pele. As espécies penívoras ingerem produtos retirados das penas. Algumas espécies podem ingerir sangue que aflora na pele ferida do hospedeiro. As malófagas dos pombos são as que mais nos preocupam nos centros urbanos e são duas espécies mais encontradas parasitando essas aves: a Mallophaga columbicola e a Columbicola columbae. As malófagas não atacam o ser humano e nem transmitem doenças aos animais; contudo, quando a infestação nos pombos (por exemplo, com ninhos nos forros das casas, especialmente se houver frestas), for muito grande, o prurido que causam em seus hospedeiros é exasperante e eles se coçam sem parar, provocando queda desses insetos de seu corpo. Dessa forma é comum encontrarmos esses insetos aos milhares naquele ambiente e que podem cair desse forro nos recintos abaixo. Quando isso acontece, essas malófagas rapidamente procuram se abrigar entre dobras de tecidos que possam existir nesse recinto (imaginem o que vai acontecer se elas caírem em um quarto de dormir ou mesmo em uma sala onde haja sofás e quetais). Quando bate a hora da fome, essas malófagas procuram o que comer e talvez subam pelo corpo de alguma pessoa (especialmente se ela estiver dormindo) e vão tentar mordê-lo em busca de alimento. Obviamente não encontram o que procuram, mas daí o mal e o incômodo já está feito. Principalmente se esse hospedeiro errático for alérgico à picadas e mordidas de insetos. Aí entra em cena o profissional controlador de pragas que foi chamado para resolver a questão. Está mais que evidente que para resolver o problema das malófagas incomodando os residentes, o trabalho começará pelo controle e exclusão das pombas que são a origem de todo o problema. Sem pombas, sem malófagas, óbvio! Portanto, é necessário excluir as pombas já infestantes da residência, remover seus ninhos, passar um bom aspirador de pó no forro para remover fezes secas, penas, poeira e outros detritos. Em seguida é preciso vedar as entradas desses pombos no forro, usando espuma expansível (aquela que se solidifica ao entrar em contato com o ar) ou qualquer outro meio com o mesmo fim. Daí, poderemos tratar das malófagas propriamente ditas. No forro, pode-se usar com bastante sucesso um inseticida em pó aplicado através de polvilhadeira. Na residência, pode-se tratar com qualquer método (pulverizado de preferência) que costumamos empregar para tratar insetos rasteiros, não nos esquecendo de tratar os locais onde roupas e outros tecidos são guardados. Não custa dar uma boa olhada no papagaio da casa, e outras aves presentes; se percebermos neles a presença de malófagas, a indicação é levá-las a um Médico Veterinário para desinfestação. Pronto, serviço feito e bem feito!

2 comentários:

  1. Onde não existem pombos, exitem ratos.
    Um castigo bem merecido para os ignorantes que perseguem os pombos.
    Nos países civilizados os pombos são respeitados e amados, porque sabem da utilidade que esses passarinhos representam!!!

    ResponderExcluir
  2. Sou criador de um pombinho que não voua pelo fato de ter nacsido com a azinha defeituosa. Eu encontrei ele tentando escapar de um cachorro e quando percebi que ele não voava, logo fui salvá-lo. E hoje, ele recebe todos os cuidados e todas as medicações nesessárias
    Para ser um pombo linpo. Ele se tornou meu bichinho d estimação!

    ResponderExcluir