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segunda-feira, 14 de junho de 2010

JOHN BERKENHOUT, O ESQUECIDO


Foi outro naturalista importante e eclético em sua época, também médico e militar. Dedicou boa parte de sua vida a descrever cientificamente muitas espécies animais, entre elas o Rattus norvegicus que a partir de então ganhou a paternidade de sua descrição: Rattus norvegicus (Berkenhout). Comentei em post anterior que depois do nome científico de ser vivo (animal ou planta) vai entre parênteses o nome do pesquisador que primeiro o descreveu; colocar esse nome não é obrigatório. Na época que Berkenhout descreveu a ratazana (1769), só havia 350 animais descritos. E bastou isso para deixar escrito para sempre seu nome nas citações científicas. Frequentemente erram, colocando o nome de Lineu após o nome Rattus norvegicus. Escreveu diversos importantes livros de história natural.
Não há muito na biografia conhecida de Berkenhout. É sabido que ele nasceu em Yorkshire, Inglaterra, em 1726 e morreu em 1791 e ainda jovem serviu primeiro no exército prussiano (poderoso na época) e depois no exército inglês. Em seguida estudou medicina e já começava suas atividades paralelas como naturalista. Durante a revolução da independência norteamericana, John Berkenhout Junior serviu como agente britânico. Será que foi por isso que se tornou um tanto esquecido na História?

terça-feira, 8 de junho de 2010

CARLOS LINEU, O PAI DA CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA


Prometi, vou cumprir. Vamos conhecer um pouco sobre CAROLUS LINNAEUS (Carl von Linné, em sueco, depois que recebeu o título nobiliárquico; Carl Linnaeus em inglês ou Carlos Lineu em português), talvez o maior cientista da áreas de ciências naturais de todos os tempos. Nascido em 23/5/1707 na cidade de Räshult na Suécia, faleceu a 10/1/1778 em Uppsala também na Suécia. Durante seus 71 anos de vida, a maior parte dedicada aos estudos e à produção de extensa obra, Lineu notabilizou-se pela criação da nomenclatura binomial dos seres vivos, a base da classificação sistemática atual, a que me referi no post anterior a este, o sistema que permitiu dar nomes científicos aos seres vivos. Em sua época, muitos cientistas tinham múltiplas habilidades e se dedicavam a várias áreas ao mesmo tempo. Da Vinci é um ótimo exemplo dessa multicapacidade inventiva. Lineu foi outro. Foi literato, poeta, naturalista, médico e botânico de sucesso; escreveu mais de setenta livros e 300 artigos científicos. De caráter irriquieto, Lineu dedicou muitos anos a viagens de estudo, primeiro pelos países eslavos e depois pela Europa. Ia estudando os vegetais e dando forma à sua obra máxima “Systema Naturae”, onde ele propôs a nomenclatura universalmente aceita e adotada de dois nomes (em latim) para definir o ser vivo (animal ou vegetal). Assim, uma planta que anteriormente se chamava “physalis amno ramosissime ramis angulosis glabris foliis dentoserratis” passou a se chamar simplesmente Physalis angulata (gênero e espécie). Grande Lineu, esse! Mas, como ele era inquieto, lá pelas tantas estudou e resolveu simplesmente inverter a escala termométrica Celsius (criada por Anders Celsius) que passou então a ter o zero como ponto de fusão do gelo e o 100°C como ponto de ebulição da água, redesenhando o termômetro. Cada vez que vocês olharem para um termômetro para saber a temperatura, agradeçam a Lineu por ter facilitado nossa vida! Grande Lineu, grande mesmo!