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quinta-feira, 25 de abril de 2013

DE VOLTA DAS FÉRIAS E COM CULTURA INÚTIL

Pois é, baterias carregadas, férias bem aproveitadas e pronto para alguns posts nesse nosso gostoso blog. Vamos começar devagar, aquecendo os motores com mais um pouco de cultura inútil antes de retomarmos os assuntos técnicos. Caiu em minhas mãos, ou em minha tela, um punhado de informações envolvendo animais, as quais não têm a menor utilidade prática, assim preenchendo todos os requisitos da cultura inútil (especialmente com meus comentários pessoais em itálico após cada informação). Aí vão: • Um crocodilo não pode por sua língua para fora. (por isso não podem lamber os beiços depois de um belo repasto) • É fisicamente impossível aos porcos olharem para o céu. (por isso não existe constelação chamada “do porco”; tem da ursa, do leão, do escorpião, do touro etc, mas do porco não tem não. De que adiantaria homenageá-los!) • Um caracol pode dormir (hibernar) por até três anos. (que monotonia! A vida deles já é lenta mesmo sem hibernar!) • Todos os ursos polares são canhotos. (essa é boa! Quem será o desocupado mental que descobriu isso?) • As borboletas e as moscas sentem o gosto pelas patas. (não é exatamente uma novidade para quem é do ramo) • Usar fones de ouvido por apenas uma hora, daqueles de introduzir no canal auditivo, aumenta o número de bactérias nesse canal em 700 vezes. (êta ouvidinho sujo!) • Os elefantes são os únicos animais que não podem pular. (hahaha... disseram os gafanhotos) • A formiga, quando intoxicada, cai sempre para seu lado direito. (essa deve também ter vindo daquele cara que observou os ursos polares!) • Nos últimos 4.000 anos nenhum novo animal foi domesticado. (alguém poderia tentar alguma coisa com os tatus por exemplo, ou com as ostras, quem sabe com os bichos preguiça!) • Em média, as pessoas têm mais medo de aranhas do que da morte! (se as aranhas soubessem disso...!) E chega de tanta bobagem.

sábado, 5 de março de 2011

CULTURA INÚTIL VI: CARNAVAL


E aproveitando o decantado “tríduo momesco” (aqui na Bahia nunca foi tríduo... é no mínimo 10 dias!) e como ninguém está a fim de coisa séria mesmo, vamos falar um pouco do carnaval. O Concílio (enclave de bispos e cardeais presidido pelo Papa onde se discutem aprovam novas regras da Igreja Católica) da cidade de Aurélia no ano de 519 – século VI D.C.- por falta de algo melhor para fazer, determinou que todo cristão deveria fazer 40 dias de jejum e abstinência antes da semana santa. Nesse período, chamado de Quadragésima pelos romanos, que virou Quaresma por abreviação fonética em Portugal, era recomendado que o cristão se alimentasse frugalmente (comida leve à base de frutas, daí o termo), se abstivesse de comer carne (em latim: “carne levamen”- abster-se de carne) e maneirasse no sexo. Bem mais tarde já na época medieval, séculos depois, esse termo virou carnelevare e deu filhotes como carnaval em português, castelhano e francês, carnival em inglês e karneval em alemão. Mas há outros nomes em outras línguas como masopust em tcheco (neste instante, quem tem mais de 50 anos vai se lembrar da Copa do Mundo de Futebol de 1962 onde o Brasil foi campeão, batendo a Tchecoslováquia por 3 x 1 com o único gol dos inimigos marcado por um jogador que se chamava exatamente Masopust). Bem, como a turma toda ia ter que passar 40 dias se segurando e nada de farra, nem banquetes e nem diversão, o povo achou que deveria farrear por antecipação. E tome festa, tome banquete, tome sexo! Estava inventado o carnaval, um período onde tudo podia! Esbórnia total, porque logo em seguida vinha a duríssima quaresma! O primeiro dia da quaresma é a quarta feira de cinzas, assim chamada porque as pessoas tinham que comparecer à igreja onde queimavam palmas e o padre marcava com essas cinzas a testa dos fiéis com um sinal de cruz, avisando-os que a folia estava terminada e que os pecados cometidos durante o carnaval estavam absolvidos. Bem que a igreja tentou abolir esse tal de carnaval, mas não foi nem ouvida; o máximo que ela conseguiu foi reduzir para apenas três dias de folia (algo completa e totalmente desrespeitado no Brasil desde os primórdios de nossa história). Ainda no mesmo tema, o último dia do carnaval é a terça feira gorda, traduzido literalmente do francês Mardi Gras, porque era a última chance que os foliões tinham de se empanturrar de carne antes de encarar os 40 dias de dieta forçada.
E agora, com licença porque eu vou... “atrás do trio elétrico, só não vai, quem já morreu!”

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MOMENTO CULTURA INUTIL IV: RECLAME


Esse era o nome que se dava no século passado á propaganda comercial. Hoje ainda se usa “anúncio”, mas quando uma empresa queria comunicar seu produto, mandava fazer um “reclame” e publicava em algum jornal ou revista, ou então ia ao ar por uma Rádio de boa audiência. A palavra veio do latim reclamare (dar um aviso público) e se tornou sinônimo de mensagem comercial, através do francês réclame, no século XIX. Quem tem mais de 60 anos certamente vai se lembrar (eu me lembro!) do reclame que quase todos os bondes que circulavam em São Paulo, Rio e Santos (que eu saiba) exibiam: “Veja ilustre passageiro / que belo tipo faceiro / que está sentado ao seu lado / mas, no entanto, acredite / quase morreu de bronquite / salvou-o o Rhum Creosotado”. Esses versos são de autoria de Manuel Bastos Tigre (1882-1957), pernambucano do Recife, que também foi o autor de um dos slogans mais antigos e conhecidos do Brasil, ainda em uso: “Se é Bayer, é bom”. Grande Bastos Tigre, aquele! O pessoal da Bayer deveria colocar um busto desse homem logo na entrada do prédio principal da empresa, ora se deveria!

domingo, 9 de janeiro de 2011

MOMENTO CULTURA INUTIL III: LISTA NEGRA


Eu sei quem elaborou a primeira Lista Negra que se tem notícia! Lista Negra, como se sabe, é uma lista de nomes de pessoas que deverão receber castigo, segundo o entendimento de quem a elabora. Tem listas e listas negras nesse mundo... como tem! Tem muita lista negra pessoal, aquela em que o listado receberá no mínimo o desprezo, se não lhe for destinado algo pior. Tem listas negras coletivas onde um órgão, uma instituição, uma entidade, uma empresa, uma associação, um grupo relaciona as pessoas não desejáveis. Mas, no ano de 1649, o rei Charles I da Inglaterra, por razões políticas, foi deposto, preso e condenado à morte por um colegiado composto de 58 juízes. Cerca de onze anos depois, seu filho Charles II recuperou o trono e daí... já viu! Ordenou que fossem relacionados os nomes dos tais juízes que haviam julgado seu pai, dando origem imediatamente à primeira lista negra oficial da história, embora eu suspeite que tenha havido milhares de listas negras anteriores na história de humanidade. Pois bem, o resultado foi que dessa lista, oito já haviam morrido e dos 50 restantes que ainda estava vivos, 13 foram executados, 25 foram condenados à prisão perpétua e acabaram seus dias nas torres de Londres e o resto escapuliu para outras paragens e passaram o restante de seus dias na clandestinidade. Quer dizer, vida de juiz não é fácil.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CULTURA INUTIL II: PRAGA


Mais uma “pérola” da cultura inútil. Antes de tudo, vamos desfazer um mal entendido bem comum: os textos sobre pragas editados em língua inglesa podem trazer certa confusão quando traduzidos para o português, falado ou escrito. Em inglês, praga (o animal infestante) é “pest” e peste (a doença) é “plague”. Já vi um texto em um folheto traduzido diretamente do inglês por alguém menos avisado que dizia mais ou menos assim: “... e essas moscas são uma verdadeira peste que entra nas residências e que ninguém tem como impedir”. Só se for na casa dele, porque na minha, a peste não entrará!
Originalmente, por definição, praga é um acontecimento inesperado que atinge multidões despreparadas para enfrentar seus riscos e efeitos, incluindo o de vida. O termo vem do latim plaga que significa “golpe inesperado”. Como ninguém espera ser afetado por uma praga, quando um animal invasor chegava e invadia, passou a ser também chamado de praga. Em espanhol, o termo original foi mantido (praga é “plaga”), mas em português passou a ser praga. A belíssima cidade de Praga, na República Tcheca (considerada uma das 1.000 cidades para serem visitadas antes de morrer), nada tem a ver com praga, é só uma coincidência fonética na tradução do nome tcheco Pragiyotisa (Estrela do Leste) em que a palavra Prag significa “ocidental”.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

CULTURA INÚTIL: O PAPAI NOEL


Acho até que já comentei sobre isso neste blog... ou teria sido em outro lugar? De qualquer forma, devo reafirmar meu especial interesse pessoal pela chamada “CULTURA INÚTIL”, um conjunto de conhecimentos e fatos que nada acrescentam ao nosso dia a dia, mas não deixam de ser extremamente interessantes. Além de mim, conheço um colecionador de cultura inútil famoso e importante: Max Gehringer, o conhecido estudioso do mundo corporativo, articulista de sucesso de diversas revistas. Para que serve a cultura inútil? Como o próprio nome está dizendo, para nada, exceto ser divertido. O acervo da cultura inútil é literalmente infindável e, como gosto, fico colecionando conhecimentos inúteis sempre que posso, alguns dos quais quero ir compartindo com meus amigos leitores que se interessarem pelo assunto. Vamos ver.
Já que estamos na época apropriada, quero começar desmentindo a crença popular dos adultos e me juntando à crença das crianças: sim, Papai Noel existe! O velhinho simpático, rotundo, de barbas e cabelos brancos, com expressão sempre feliz, foi primeiramente desenhado, tal como o conhecemos hoje, por Haddon Sundblom (1899-1976), um artista norte americano que foi contratado em 1931 pela Coca-Cola Company para dar uma imagem definitiva a Santa Klaus, o Papai Noel deles que, até então, era desenhado em uma variedade de formas e cores, a maioria parecendo gnomos (aqueles duendes que a Xuxa acredita). Aliás, a primeira propaganda da Coca que usou o novo Papai Noel, era o bom velhinho sentado em seu trenó (ainda carregado de presentes), supostamente dando uma pausa e, naturalmente, saboreando uma garrafinha de Coca-Cola. Sundblom começou por definir a cor da roupa do bom velhinho, o vermelho (porque era a cor oficial da Coca-Cola); a partir de 1940 o artista foi tornando o Papai Noel cada vez mais parecido consigo e ele acabou dando à criatura seu próprio rosto. A imagem resultante era tão simpática que foi sendo popularizada e adotada no mundo todo. Grande lição de Marketing, não? Espertamente, a Coca-Cola nunca patenteou essa imagem, pois à companhia interessava que ela fosse divulgada e reproduzida ao máximo, funcionando como “merchandising” para seu produto. Na verdade a lenda do Papai Noel é antiga, aparentemente originando-se na figura de um santo católico que viveu na Turquia, em torno do ano 400 D.C., o São Nicolau que costumava dar presentes às crianças pobres no Natal e era retratado com roupas de inverno da cor branca ou prata. O nome brasileiro de Papai Noel veio diretamente do francês Père Noël (Pai Natal).