segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CULTURA INUTIL II: PRAGA


Mais uma “pérola” da cultura inútil. Antes de tudo, vamos desfazer um mal entendido bem comum: os textos sobre pragas editados em língua inglesa podem trazer certa confusão quando traduzidos para o português, falado ou escrito. Em inglês, praga (o animal infestante) é “pest” e peste (a doença) é “plague”. Já vi um texto em um folheto traduzido diretamente do inglês por alguém menos avisado que dizia mais ou menos assim: “... e essas moscas são uma verdadeira peste que entra nas residências e que ninguém tem como impedir”. Só se for na casa dele, porque na minha, a peste não entrará!
Originalmente, por definição, praga é um acontecimento inesperado que atinge multidões despreparadas para enfrentar seus riscos e efeitos, incluindo o de vida. O termo vem do latim plaga que significa “golpe inesperado”. Como ninguém espera ser afetado por uma praga, quando um animal invasor chegava e invadia, passou a ser também chamado de praga. Em espanhol, o termo original foi mantido (praga é “plaga”), mas em português passou a ser praga. A belíssima cidade de Praga, na República Tcheca (considerada uma das 1.000 cidades para serem visitadas antes de morrer), nada tem a ver com praga, é só uma coincidência fonética na tradução do nome tcheco Pragiyotisa (Estrela do Leste) em que a palavra Prag significa “ocidental”.

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