sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VÃO JOGAR RATICIDA DE HELICÓPTERO PARA CONTROLAR ROEDORES NAS ILHAS GALÁPAGOS


Li hoje em um site da Internet, uma notícia no mínimo preocupante: pesquisadores (sic) vinculados à Administração do Parque Nacional de Galápagos, aquele conjunto de ilhas que pertence ao Equador, situado a cerca de 1.000 km da costa equatoriana e que serviu de base de estudos para Charles Darwin (1809-1892) formular sua discutida teoria da evolução das espécies, decidiram executar uma grande desratização das ilhas, pesadamente infestadas por roedores invasores (oarquipélago nunca teve roedores autóctones - os que ali nascem - todos vieram de fora), jogando raticidas de helicóptero, com o objetivo de dar maior abrangência ao tratamento e abreviar o tempo de trabalho. Os tais roedores são o Rattus norvegicus e o Mus musculus que supostamente invadiram as ilhas, trazidos há séculos por barcos e navios que visitavam as Galápagos. Dizem eles que a população de ratazanas e camundongos está crescendo desmesuradamente nas ilhas porque ali não há inimigos naturais que os possam eliminar estabelecendo o equilíbrio necessário e esses roedores estão se alimentando também dos ovos de tartarugas e certas aves originárias das Galápagos, colocando tais espécies em risco. O plano prevê o uso de raticidas iscas (não foram dados maiores detalhes) os quais, supostamente, não despertam o interesse de espécies não alvos como tartarugas, leões marinhos e várias espécies de aves (sic). Por enquanto, eles testaram o método na menor das ilhas do arquipélago, a ilha Rábida, que tem menos de 800 m2 de superfície (tamanho de quatro campos de futebol). Nas próximas semanas os técnicos verificarão os resultados do teste e se aprovado, vão estendê-lo às outras ilhas do arquipélago. Gatos selvagens, porcos e cabras são alguns dos animais trazidos para as Galápagos que se tornaram verdadeiras pragas. Entre 2004 e 2009 o impressionante número de 100.000 cabras ali foram abatidas a tiro (de helicópteros e de atiradores a pé), já que essa espécie costuma tornar a paisagem um verdadeiro deserto em virtude de seus hábitos alimentares. Aliás, a Ilha de Fernando de Noronha sofre de um problema semelhante com cabras, que se tornaram selvagens depois de abandonadas pelos primeiros habitantes da ilha. Um dia desses conto para vocês alguns desequilíbrios provocados pelo homem lá em Fernando de Noronha, testemunhados pessoalmente.
Devem saber o que estão fazendo, mas, a princípio, acho uma enorme temeridade esse método de desratização em massa. É preciso um estudo de riscos muito acurado. Espero que tenha sido feito!

Nenhum comentário:

Postar um comentário