quarta-feira, 23 de julho de 2014

MOSCAS EM BARES, RESTAURANTES, LANCHONETES E ASSEMELHADOS

Agora é inverno e não faz tanto frio assim, exceto no Sul como sempre. No resto do país, ao que tudo indica, teremos um “invernozinho meia boca”, se tanto. Mesmo assim, as moscas, se já não estão presentes, preparam um exército de moscas novas para reinvadir suas áreas alvos principais nos centros urbanos: restaurantes, refeitórios, bares, padarias, lanchonetes, quiosques de alimentação, cafeterias, docerias e assemelhados, para não falarmos de indústrias alimentícias, depósitos de alimentos, supermercados, caminhões de transporte, feiras livres, aterros sanitários e lixões a céu aberto. Territórios a serem invadidos não faltam, especialmente considerando aqueles onde as condições higiênicas são precárias, na maioria das vezes por inépcia ou incompetência de seus gestores ou ocupantes/usuários. Então, as moscas e muitos outros insetos urbanos, apenas sentam e aguardam. Mal entra a primavera e lá estarão elas zumbindo e voando por toda parte em uma brusca frenética por alimento e gerando milhões e milhões de novas moscas, incomodando muito as pessoas e espalhando bactérias diretamente nos alimentos, até mesmo quando já estão em nossos pratos. Como pode proceder uma empresa ou profissional controlador de pragas ao ser chamado para resolver um problema de infestação de moscas em um bar, uma confeitaria ou outro tipo similar de estabelecimento alimentício? Antes de tudo, vamos racionalizar o problema lembrando que as formas jovens das moscas domésticas (ovo, larvas e pupa) são encontradas em locais muito específicos onde haja um substrato orgânico semipastoso; ali, os ovos liberam a primeira larva que, se alimentando do próprio substrato, transforma-se na segunda larva e esta, crescendo de tamanho, transforma-se na larva III, para só então formar um casulo, onde a mosca pré adulta vai ser preparada. Essa fase de pupa é que se afasta da parte semipastosa do criadouro e vai liberar uma nova mosca adulta completamente formada, pronta para voar. No auge do verão, isso tudo acontece em até sete dias ou talvez um pouco mais. Nos centros urbanos, há milhares de pontos onde o acúmulo de detritos e dejetos orgânicos podem se tornar criadouros de moscas domésticas. Dessa forma, mesmo que um estabelecimento alimentício não propicie as condições para ter um criadouro de moscas em seu perímetro, poderá ser infestado por moscas originadas em criadouros das redondezas, o que dá no mesmo: clientes reclamando cheios de razão, denúncias aos serviços sanitários, perda de clientela, prejuízos. Em necessidade, finalmente o gestor daquele estabelecimento resolve chamar uma empresa controladora de pragas. Uma empresa bem estruturada é capaz de perceber que ótima oportunidade está se apresentando para engrossar seu portfolio de clientes; hoje é mosca, quem sabe amanhã podem ser baratas ou ratos. Então, uma empresa é chamada e comparece para efetuar o diagnóstico, montar uma proposta orçamentária e executar o serviço. A primeira coisa a fazer é determinar se existe dentro do perímetro do estabelecimento algum ponto onde as moscas infestantes possam estar se criando. Em caso afirmativo, esses criadouros devem ser sumariamente eliminados e condições mais higiênicas devem ser tecnicamente discutidas com o contratante. Todavia, na maioria das vezes, não há criadouros dentro do perímetro do cliente; as moscas infestantes quase sempre estão adentrando à área, vindas de algum criadouro em um raio de 500m do local. O controlador deve então buscar e certificar-se da existência ou não de pontos internos do estabelecimento onde moscas poderiam estar sendo originadas. O controlador deve procurar por pontos úmidos com substrato orgânico: sob as pias especialmente com vazamentos, nos pisos abaixo de geladeiras o de outros equipamentos produtores de frio (onde a água de condensação pode empoçar), junto às bombas de refrigerar e servir chopps e outros pontos semelhantes. Em cada ponto assim encontrado, o controlador deve examinar o substrato em busca de larvas e pupas de moscas. Em caso positivo, esses pequenos criadouros devem ser eliminados e os problemas geradores dos focos, corrigidos. A aplicação de inseticidas de largo efeito ajudará a evitar a formação de novo foco naquele ponto. Mas, na verdade, a encrenca está na presença em maior ou menor grau de moscas adultas (aladas) e foi por isso que o contratante chamou a empresa controladora. O fogo deve ser dirigido contra as moscas adultas para que os resultados sejam visíveis e perceptíveis ao cliente. Só que isso é outra história e vai ficar para outra vez. Prometo voltar a discutir esse assunto. Não esmoreça!

3 comentários:

  1. Apenas um acerto: Hardy Har Har era companheira de Lippy Thereza Lion, e não da Tartaruga Touché.

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  2. Vc tem razão! Lippy the lion e Hardy Har Har eram companheiros inseparáveis. Óh dia, óh mês, oh ano!
    Tartaruga Touché era solista.

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  3. Aguardando o retorno do assunto... agora para o verão de 2016!!
    Obrigada pelo Blog, muito informativo...

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