quinta-feira, 11 de outubro de 2012

BACTÉRIA WOBACHIA IMPEDE A TRANSMISSÃO DA DENGUE PELO Aedes aegypti

Na edição de abril de 2010, o jornal científico PLOS, seção Patógenos, trazia um artigo científico de autoria de um grupo de pesquisadores do Depto. de Entomologia e Programas Genéticos da Universidade Estadual de Michigan, localizada em East Lansing/Mch (Guowu Bian, Yao Xu, Peng Lu, Yan Xie e Zhiyong Xi), dando conta dos resultados de seus estudos, comprovando que a bactéria endossimbiótica Wolbachia é capaz de induzir resistência em mosquitos Aedes aegypti contra o vírus da dengue. Essa promissora descoberta criou uma nova abordagem no controle da Dengue e vem sendo alvo de intensos estudos desde então em vários centros de estudos científicos em todo o mundo, particularmente nos países onde essa doença incide; no Brasil, o Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, tem dado seguimento a tais estudos. Diferentes estratégias genéticas para reduzir ou bloquear a transmissão patogênica por mosquitos, têm sido propostas como alternativa de combate aos vetores e consequente redução da incidência de zoonoses. Há tempos a bactéria endossimbiótica Wolbachia foi promovida à condição de veículo potencial para introduzir gens resistentes a doenças nos mosquitos, assim tornando-os refratários aos patógenos humanos que transmitem. Os resultados do estudo desse grupo de cientistas demonstraram que a Wolbachia inibe a replicação viral no principal vetor da Dengue, o mosquito Aedes aegypti. Após 14 dias da infecção de mosquitos Aedes com a Wolbachia, cerca de 37,5% deles foram incapazes de transmitir o vírus da Dengue. Dessa maneira, uma nova perspectiva, uma nova abordagem se abre para o controle dessa zoonose, tão logo conheçamos as maneiras de infectar os mosquitos transmissores com a bactéria. Boas novas!

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