segunda-feira, 18 de abril de 2011

ACORDA ANVISA, ACORDA! TEM GENTE CONTROLANDO ESCORPIÕES!



Leio no recente manual da Anvisa sobre controle de escorpiões, mais ou menos o seguinte: até a presente data não há combate químico eficaz contra os escorpiões. Em seguida, pego o rótulo de um biocida recentemente lançado no mercado brasileiro registrado devidamente na própria Anvisa e leio: indicações de uso – escorpiões (e outros aracnídeos). Então, concluo que existem duas Anvisas? Uma que afirma por escrito e postula que os escorpiões não devem ser combatidos por produtos químicos e sim apenas por medidas preventivas. A outra Anvisa recebe a documentação de uma indústria que pretende registrar um produto seu contra escorpiões, examina a papelada, avalia os estudos que comprovam sua eficácia contra as pragas alvos pretendidas (tudo é exigido pelas severas Portarias que a própria Anvisa impõe) e, se tudo estiver de acordo, concede o registro solicitado e o biocida entra no mercado. Fui informado que estou errado, na verdade só existe uma Anvisa! Então se há só uma, é a mesma, devo concluir que... “há algo de podre no Reino da Dinamarca”. Alheios aos problemas internos da instituição federal que rege, em nível nacional, o exercício da atividade de combate e controle de pragas urbanas, seja das empresas privadas, seja das instituições públicas, técnicos e profissionais do ramo têm todo dia um problema a resolver e não podem ficar aguardando que faça bom tempo em Brasília e o panorama seja mudado. Escorpião é sim um sério problema de saúde pública em muitas regiões deste imenso país e que tanto precisa ser alvo de combate por parte de órgãos sanitários, como gera muitos chamados por empresas particulares de controle de pragas, movimentando a economia. Ninguém tem tempo para “esperar” que a solução caia dos céus (de Brasília). Cada envolvido, seja uma empresa, seja um órgão público, experimenta por sua conta uma solução que possa resolver o problema. Tem sido assim também em São Paulo/Capital, onde o CCZ-Centro de Controle de Zoonoses já montou, e está em funcionamento com toda força (vide fotos anexas), uma atividade específica de controle de escorpiões para ser usada quando e onde necessária, segundo nos conta o biólogo Carlos Madeira, um dos líderes desse projeto. Em São Paulo, o grande problema são as infestações de escorpiões Tityus serrulatus em tubulações de rede de esgoto e águas pluviais, onde a equipe, através do uso de equipamento UBV pesado (modificado), aplica um biocida piretróide microencapsulado com grandes resultados nas ações de controle. Repasso, para o conhecimento dos leitores interessados, a ficha técnica completa descritiva do equipamento:
Aparelho gerador de aerossol motorizado, para montagem sobre veículo (caminhonete ou carreta), dotado de dispositivo especial para tratamento de redes de esgoto e galerias subterrâneas.
• Motor a gasolina 4 tempos, 2 cilindros em V, com potência máxima de 18 HP, dotado de partida elétrica, bomba e filtro de óleo, alternador e controles manuais de velocidade e afogador.
• COMPRESSOR: Rotativo, diretamente acoplado ao motor.
• BOMBA DE INSETICIDA: De deslocamento positivo, tipo FMI, com vazão máxima de 1200 ml/min, dotada de dispositivos anti-cavitação, montada em painel de proteção hermético.
• TANQUES: Em polietileno, com capacidades de 70 litros (inseticida), 20 litros (gasolina) e 5 litros (lavagem).
• SISTEMA DE APLICAÇÃO: Mangote com comprimento de 6 m, dotado de mangueira flexível, bocal nebulizador e haste de aplicação para posicionar o sistema no interior de bocas de inspeção de redes de esgoto e de galerias subterrâneas.
• TAMANHO DAS PARTÍCULAS: Estimado em 150 a 300 µm.
• ALCANCE DO JATO: 20 m (aproximado).
• ACESSÓRIOS: Bateria tipo automotiva 12 V / 42 Ah, controle remoto para acionamento da bomba de inseticida a partir da haste de aplicação pelo operador, manômetro para verificação da pressão de ar.
DOSAGEM DE PRODUTO EM USO NO EQUIPAMENTO UBV:
Dados utilizados para cálculo:
• Vazão Equipamento: 750ml/minuto;
• Capacidade Tanque: 50 lts;
• Área coberta pelo tanque: 11ha;
• Área da caixa a ser tratada: 1,021m².
Resultados:
• Vazão Equipamento/m²: 4,55ml
• Quantidade de D10/m²: 0,38ml
• Quantidade de D10/tanque (50 lts): 4,18lts
• Quantidade de D10/lt: 83,52ml;
• Área coberta com 01 lt de calda: 219,78m
Maiores e melhores detalhes, tente diretamente contatar o Carlos Alberto Madeira Marques Filho lá no CCZ da Prefeitura de São Paulo.

Enquanto isso, lá em Brasília...

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