quinta-feira, 6 de maio de 2010

SOBRE A RELAÇÃO DONOS DA CASA X EMPRESA CONTROLADORA DE PRAGAS – Parte III

Seguindo o raciocínio desse tema, resta-nos examinar o que pode acontecer na relação donos da casa e a empresa que ali executou o serviço de desinfestação. Vamos começar discutindo a participação e o envolvimento dos proprietários na obtenção dos desejados resultados de completo controle de pragas no domicílio. Para isso, sabemos, não basta que uma empresa venha borrifar biocidas na residência e estará tudo resolvido. Não é assim! Esse ambiente deverá ser modificado se pretendemos que permaneça refratário à instalação e sobrevivência de certas pragas. Medidas de correção do ambiente e outras de prevenção estarão a cargo dos donos da casa e não do profissional controlador de pragas que ali está apenas para eliminar as pragas já existentes naquele dado ambiente. Medidas como a melhoria geral das condições de asseio e higiene da residência, detalhes do armazenamento de alimentos e a manutenção adequada das instalações são medidas tipicamente a cargo dos proprietários e/ou ocupantes. Contudo, é obrigação do bom e preparado profissional controlador de pragas apontar a seus contratantes, o que está errado, o que está facilitando a entrada e sobrevivência das pragas dentro da residência, o que deve ser feito para evitá-las e principalmente o que pode ocorrer caso essas medidas não sejam adotadas. Por exemplo, se o proprietário não reparar uma ou outra goteira no telhado ou não remover obstáculos nas calhas condutoras de águas pluviais, poderemos ter umedecimento do madeirame de sustentação desses telhados, o que pode atrair a instalação dos chamados cupins de alvenaria (ou de madeira molhada); se os tapetes da casa não forem regularmente aspirados e o cão não for tratado, as pulgas continuarão presentes, independentemente do serviço antipulgas de uma empresa especializada. Muitos desses deveres dos donos da casa podem não ser tão óbvios e evidentes e a empresa controladora pode estabelecer relações permanentes com esses donos ao prover tais informações. Tais informações podem constar de algum folheto explicativo produzido pela empresa e entregue ao usuário da casa no momento da execução do serviço. Esses folhetos se prestam também a deixar claro que o controle de pragas não é uma questão apenas de aplicar algum produto milagroso. Na verdade, quanto mais o proprietário acreditar em curas milagrosas, mais aumenta a probabilidade de que venha a se decepcionar e assim comprometer a imagem que ele possa ter da empresa que realizou a desinfestação da residência. Falsas expectativas são a principal causa de chamados de queixas. Alguns clientes se queixam porque não foram avisados do odor dos inseticidas utilizados, outros se queixam porque sua casa ficou cheia de baratas mortas depois do serviço (de alguma forma eles achavam que os insetos iriam simplesmente desaparecer); outros ainda se queixam porque pulgas surgiram semanas após o tratamento. Todas essas coisas não gerariam queixas, caso os proprietários tivessem sido previamente esclarecidos pela empresa. Ao lado dessas necessárias informações, há uma lista de ações que devem preceder o tratamento da residência, tais como: esvaziar e limpar armários de cozinha, dos banheiros e de roupas de cama; remover alimentos e utensílios de cozinha colocando-os sobre mesas e cobri-los com lençol ou plástico, caso a técnica adotada no tratamento vá ser por pulverização, cobrir e vedar aquários, remover do ambiente os animais de estimação e assim por diante (um dia a gente detalha essa etapa). No pós tratamento é muito importante um chamado telefônico cerca de dois ou três dias depois, para saber como foram as coisas, se tudo correu bem, se apareceram pragas mortas e em que pontos da casa, etc. Essa pesquisa de satisfação pode dar à empresa uma série de informações muito úteis para novas abordagens nesse mesmo cliente e mesmo em outros clientes. O resto, os contatos posteriores e as formas de fazê-lo, fica por conta de cada empresa e seu nível de profissionalismo. É isso!

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