terça-feira, 29 de junho de 2010

CHARLES DARWIN, O MAIOR DENTRE TODOS OS NATURALISTAS


Ainda nesse incipiente esforço que estou fazendo para resgatar a memória de alguns pesquisadores importantes para a ciência naturalista, não poderia deixar de falar dessa figura única. Charles Robert Darwin, nascido em Shrewsbury, Inglaterra, no dia 12 de fevereiro de 1809, por coincidência no mesmo dia do nascimento de Abraham Lincoln, o memorável presidente americano, iria se tornar o maior e mais combatido naturalista de todos os tempos, por ter formulado a teoria da evolução e seleção natural das espécies. Como muitos cientistas antes dele, Darwin acreditava que toda a vida na Terra havia evoluído (desenvolvido gradualmente) por milhões de anos a partir de alguns poucos ancestrais comuns. Sem ter muitas provas que pudessem atestar suas teorias, em 1836 Darwin embarcou no pequeno navio H.M.S.Beagle, como amigo e cavalheiro de companhia do capitão Fitzroy, também jovem. Esse navio estava em uma expedição científica em volta do mundo e Darwin colhia amostras de animais e plantas em diferentes partes do mundo para estudá-las posteriormente. Um conjunto de pequenas ilhas chamadas Galápagos mostrou-se de exponencial importância nos estudos de Darwin, pois era um arquipélago inabitado, totalmente isolado no meio do Oceano Pacífico, e que continha riquíssimas e variadas fauna e flora.
De volta a Londres, Darwin estudou profundamente seus apontamentos e os espécimes recolhidos, acabando por formular os fundamentos de sua teoria:
• A evolução, de fato, ocorria.
• As mudanças evolucionárias eram lentas e graduais, requerendo milhares ou milhões de anos para se estabelecerem.
• O mecanismo primário da evolução era um processo denominado seleção natural (só os mais fortes e adaptados ao meio sobreviviam)
• As milhões de espécies existentes hoje surgiram de uma única forma de vida através de um processo de ramificação denominado “especiação”.
Darwin então, em 1859, escreveu seu livro bomba para a época: “A origem das Espécies” (o título completo, em inglês, era “Sobre a origem das espécies através de seleção natural ou A preservação e favorecimento das raças na luta pela vida”). Darwin continuou publicando outros livros sobre o tema até sua morte em 1882.
Estava estabelecida a grande discussão dos últimos 120 anos que perdura viva até nossos dias! De um lado os cientistas e pessoas que estudaram História Natural (os chamados “darwinianos”, entre os quais humildemente me incluo). De outro lado, os religiosos apegados a conceitos fundamentais bíblicos e adeptos da genealogia a partir Adão e Eva. Discutem veementemente até hoje, gerando inúmeros episódios sérios e, às vezes, grotescos. Não se apercebem que não são idéias antagônicas, mas paralelas, ambas reafirmando inequivocamente o toque do dedo divino.
Darwin manteve-se sempre alheio a tais discussões filosóficas, mergulhado em seus estudos e sua filha Henrietta, negou publicamente que seu pai tivesse renegado suas teorias no leito de morte, como chegou a ser propalado por uma seita evangélica.
Sir Charles Robert Darwin, o maior naturalista de todos os tempos, em reconhecimento à importância de seu trabalho, teve funeral de Estado e foi enterrado na Abadia de Westminster, Londres, ao lado de Isaac Newton (nesse século, apenas cinco civis não pertencentes à família real inglesa, tiveram tal honra).
Darwin... que cabeça tinha essa figura!

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